sábado, 18 de dezembro de 2010

impuro

O momento é de pura introspecção

Pureza não atrai
é distante da vontade.

O matrimônio dos defeitos faz o momento raro,
engraçado, feliz pelo desequilíbrio,
com o estopim aceso, atraente,
uma briga e o aquecer do peito,
um frio nas mãos.

Tão perto é o momento de sentir outro lado,
com sorrisos e o mesmo calor no peito,
sem gritos, com olhares tímidos,
com mãos que ainda não se conhecem,
um não dizer, um gaguejar.

E longe de tudo,
o momento sozinho,
o detalhe do que já foi,
lembranças revoltas
um ciclo vicioso
um coçar nas mãos
um telefone, não, sim,
será, alô, Ei!

E longe de tudo,
o momento sozinho,
o detalhe do que já foi escrito,
relido, escondido, cantado,
desenhado, sepultado,
desenterrado, vivo!


Garimpo!
Por todos os cantos, saudade não há,
mas veja! o que é isso?
uma pedra tão impura...
que beleza.









Um comentário:

Samira Proêza disse...

Muito feliz por vc senhorito.
Incrível como um mundão existe para gente, ali embaixo das pálpebras, só esperando abrir. Feliz e felizes.
Um beijo